terça-feira, 19 de junho de 2012

Contato – Carl Segan (Junho/2012 - Tema: Viagem no Tempo)

Por Andreia Cucio

Não estamos e nunca estivemos sozinhos!
Projeto Argus, um grande e sofisticado complexo de radiotelescópios detectou um sinal indicativo da existência, em alguma parte do Universo, de inteligência extraterrestre.
Fez- se contato. Fora da terra. Nas proximidades da estrela Veja, a 26 anos-luz de distancia. Vida inteligente, alguma coisa está chamando.
No centro dessa aventura está uma brilhante cientista Eleanor Arroway, diretora do projeto Argus, ela tem papel fundamental na decodificação da mensagem e no trabalho de persuadir os lideres mundiais a não trata-la como uma ameaça.
A leitura nos leva através de muita física e muita teoria ao primeiro contato dos humanos com extraterrestres. Uma leitura envolvente desde a identificação da mensagem até a viagem final

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O DIARIO DE ANNE FRANK (Maio/2012 - Tema: Fatos Históricos)

O DIARIO DE ANNE FRANK – autor -  ( Sueli Couto - resenha 7)

Escolhi este livro pela fama dele, mas não era o que imaginava. Realmente é a escrita diária de uma adolescente que relata tudo o que lhe acontece de uma forma clara e objetiva.

Anne Frank pertencia a uma família judaica. Em 1933, fugindo às perseguições do  regime hitleriano,  se  refugiou  na Holanda, mas,  logo depois da invasão da Holanda pelos alemães, as perseguições aos judeus continuaram ali com tal violência que os Frank que  passaram  a  ter  uma  existência  ilegal ou  clandestina.  Durante dois anos, que  abrangem  o período  de guerra  de  1942  a  1944,  não  podem  sair  à  rua  e  vivem  sob  a constante ameaça de serem descobertos pela polícia.

Quando completou 13 anos Anne, começa a escrever com regularidade em um diário, em forma de cartas como se estivesse conversando com uma amiga. Até lhe dá um nome: Kitty  e escreve para aliviar seu coração. Nele a adolescente registra tudo o que acontece no seu dia a dia, os seus pensamentos, seus amigos, família, convívio com outras pessoas, suas zangas, os sacrifícios, as angustias, seu gênio, sobre seus defeitos, sobre a Gestapo, do medo, sobre os livros que lê, as perdas, cita  Churchil,  Gandhi, os países que entraram na guerra, do sonho de liberdade, os bombardeios.

Dos  oito  "mergulhados"  só  o  pai  sobreviveu.  O  sr.  Kraler  e  o  sr. Koophuis  resistiram  às  privações  nos  campos  holandeses  e voltaram para junto de suas  famílias. 
Anne  morreu  em  Março  de  1945  no  campo  de  concentração    de Bergen-Belsen, dois meses antes da libertação da Holanda.


O ANEL DE NOIVADO, de DANIELLE STEEL (Maio/2012 - Tema: Fatos Históricos)

O ANEL DE NOIVADO – AUTORA DANIELLE STEEL (SUELI COUTO RESENHA 4)

Eu não conhecia este livro e ele foi colocado em minhas mãos através de uma amiga do skoob. Ela sabendo que eu estava participando do desafio, me ofereceu este livro para ler. Sempre fui apaixonada por romances...

Um livro com uma trama envolvente que fala sobre amor, riqueza, traição, suicídio, guerra, nazismo, violência, estupros, torturas, destruição, fugas, separação, luta pela vida, perdas, tristeza e um anel.
É um livro de fácil leitura, envolvente, cativante me emocionou com todos os personagens, com o romance, fiquei indignada como sempre com esta fase da história e todas as atrocidades cometidas.

O livro conta a história de Ariana e se passa na Alemanha de Hitler durante a 2ª guerra. A história começa com sua mãe, Kassandra, uma bela mulher, da alta sociedade, casada com Walmar von Gotthard, com quem tem dois filhos. Sua vida é perfeita em termos de riqueza, roupas, joias, situação financeira, mas ela sente um grande vazio por não poder cuidar pessoalmente de seus filhos. Com isso ela se apaixona por um escritor e se suicida após ser espancada por soldados alemães que prendem e matam seu amante.

Após sua morte seus filhos são criados pelo pai, mas ao completar 16 anos, o filho é convocado pelo exército alemão. Sendo contrario a ideia o pai tenta tirar os filhos da Alemanha.  Foge primeiro com seu filho e deixa Ariana para despistar os soldados e empregados e fica de voltar para buscar a filha. 

Deixa Gerhard sozinho em uma hospedaria de Zurique que fica aguardando a volta do pai com a irmã. Mas ele não consegue voltar, pois é assassinado na viagem de volta. Eles são denunciados por uma empregada, o que é muito comum nesta época e Ariana é feita prisioneira da SS. Na prisão ela é protegida pelo tenente Manfred von Tripp e os dois se casam. Conseguem levar uma vida relativamente tranquila e quando acaba a guerra Manfred morre. Ela se vê sozinha novamente, até conseguir embarcar para os Estados Unidos como refugiada. Lá é adotada pela família Liebman e descobre que está grávida, é aconselhada pelo médico a não contar a ninguém e aceita casar com o filho do casal que a adotou. Quando ele descobre que ela foi casada com um oficial alemão, fica com muito ódio e a abandona.

Mais uma vez sozinha, ela agora luta para sobreviver e criar seu filho, Noel. Depois de muito trabalho e luta para educar seu filho quando ela pensa que está tudo tranquilo surge mais uma reviravolta no seu destino...

Muito bom mesmo , eu recomendo!

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS, de MARCUS ZUSAK (Maio/2012 - Tema: Fatos Históricos)

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS -  AUTOR:  MARCUS ZUSAK (Sueli Couto resenha 5)

Escolhi este livro por ser muito bem elogiado. Sinceramente sei que muitos não aceitarão minha opinião, mas não gostei muito do livro. A história em si não me empolgou. Mostrou-se uma história cansativa, e por fim não me cativou. Encantei-me sim com o relacionamento de alguns personagens, como a roubadora de livros, Liesel, com seu pai de criação, Hans, da amizade com Max e com a mulher do prefeito.

Muito triste, como não poderia deixar de ser, este período terrível da nossa história mundial, o holocausto, a guerra, a fome, da negação do direito de um ser humano viver com dignidade, mas diferentemente de outros livros, neste só chorei com no ultimo capitulo. Parece que a aceitação, a resignação, o cansaço de Liesel com tudo é tão grande, que há um distanciamento, ou talvez, este afastamento se dê pelo fato da história não ser contada por ela.

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história.
A história acontece na Alemanha, no período nazista e quem a conta é a Morte.   E "Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler".

A Morte conta como conheceu e os contatos que manteve com Liesel, a principal personagem do livro. Eles aconteceram em três ocasiões: na morte de seu irmão menor, quando estava para ser adotada; na morte de um piloto aéreo das forças inimigas, e na morte de seus pais e amigos, quando a rua em que moravam foi destruída pelos bombardeios da guerra. Ela relata o seu trabalho de levar as almas com muita singeleza, brandura e forma muitas vezes poética.

O livro relata a vida de Liesel, sua separação da mãe, a morte do irmão, a adoção, a rudeza de Rosa sua nova mãe, a dedicação e amor incondicional de seu pai Hans, os pesadelos, as surras na escola, a amizade com Rudy, os roubos para matar a fome, seu trabalho de entregar as roupas que Rosa passava, o acordeão que seu pai tocava, o segredo do porão, como aprendeu a ler, a amizade com a mulher do prefeito e o roubo dos livros.

Interessante que em muitas passagens a Morte expressa sua incompreensão em relação às diferentes atitudes humanas, fazendo um papel inverso ao nosso com relação a ela. O fato dela admitir ter cometido o erro de se distrair, de passarem a perna nela, de não cumprir corretamente seu trabalho, deixando-se levar pela curiosidade da história da Roubadora de Livros. Quando finalmente, depois de muitos anos, a Morte chega para buscá-la, parece o encontro de duas amigas que enfim se reencontram.

“Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana — que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes.
Nenhuma dessas coisas, porém, saiu de minha boca.
Tudo que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora.


• UMA ÚLTIMA NOTA DE SUA NARRADORA •

Os seres humanos me assombram.”

O PALÁCIO DE INVERNO, de JOHN BOYNE (Maio/2012 - Tema: Fatos Históricos)

O PALÁCIO DE INVERNO - AUTOR JOHN BOYNE (Sueli Couto - resenha 3)

Uma história que em cada capitulo alterna tempo atual com o passado. Não gosto muito de histórias escritas desta forma, mas isso não muda o fato de que o livro é maravilhoso. Um livro emocionante,uUma história de amor incondicional, companheirismo, lealdade e abnegação.

Geórgui Jachmenev , aos 82 anos, com sua esposa estando com câncer no ovário, faz uma retrocesso de sua vida relembrando que os pais não foram felizes no casamento; seu pai não  e tinha bom aspecto pois ficara defeituoso no rosto após o parto e as pessoas e as crianças zombavam dele e seu aspecto(cabeça deformada); tinha medo do modo violento de seu pai; viveu pouco tempo com seus familiares e foi relapso com suas obrigações; sua mãe uma mulher fria; sua irmã com tantos sonhos de mudança de vida; Colec seu amigo (com um pai revolucionário a quem ele queria agradar) que morre por “culpa” dele; sua vida de luta; traição; perdas; decepções; seu envolvimento com a família do Czar; as guerras; a presença constante e medo da morte; a conquista do amor de sua vida; seu trabalho na biblioteca do Museu Britânico; seu casamento longo e feliz; a promessa da vela acesa anualmente  e um grande segredo.

Que grande segredo era este? Por que Zóia se julgava “azarada” e dizendo que tudo que fazia parte da vida dela morria? Por que tentara o suicídio?

A história é composta pelas memórias de um simples mujique que nos leva a um mergulho na história da Rússia no início do século XX, da primeira guerra mundial, a fome, a violência, o desemprego, a revolução russa, a segunda guerra, do orgulho e encantamento pelo Palácio de Inverno. Consta de muitos eventos históricos do czar Nicolau, Alexei Romanov, Rasputin, do governo de Lenin, Winston Churchill e outros personagens históricos que se misturam às pessoas comuns.

O final me surpreendeu!

APÁTRIDA , de ANA PAULA BERGAMASCO (Maio/2012 - Tema: Fatos Históricos)

APÁTRIDA -  AUTORA: ANA PAULA BERGAMASCO (Sueli Couto – resenha 2)

Como segundo livro do tema, escolhi Ápatrida de Ana Paula Bergamasco, uma escritora nacional.  A capa do livro é linda e não imaginava que seu conteúdo fosse tão forte e triste. Confesso que chorei praticamente durante toda a leitura, aliás, eu nunca chorei tanto com um livro. Ele te faz refletir, sentir uma tristeza profunda, sentir raiva, te despedaça totalmente, mas é impossível parar no meio do caminho.

Apátrida conta a história de Irena, uma polonesa que tem uma infância tranquila, feliz e humilde. Vive com sua família, conhece Jacob, que se transforma em seu amigo e seu primeiro e grande amor. Devido a diferenças sociais, religiosa e aos costumes da época eles não podem ficar juntos, o destino os separa e ambos tomam caminhos diferentes. Jacob casa com uma mulher que sua família aprova e se muda. Irena se casa com Rurik, tem seu primeiro filho Jan, e quando está tudo tranquilo a guerra chega e com ela todo o horror, medo e muda sua vida para sempre, mas Jacob sempre estará presente nela, permeando sua vida...

O livro nos mostra de forma crua a intolerância, o fanatismo, os abusos, a violência, os castigos, as mortes, a injustiça,  a crueldade, as experiências cientificas feitas com os prisioneiros, um total desrespeito ao ser humano.

Uma história tensa, dura, triste, marcante, que mostra que a maldade, a crueldade humana não tem limites. Uma história de uma menina que tem que se crescer se tornar em uma mulher forte, corajosa, de fibra, de caráter, que suportou todas as dores, perdas, medo, fome, e mesmo perdendo tudo, sofrendo horrores, não desistiu, continuou em frente. Uma sobrevivente.  Uma bela obra.

A GUERRA DE CLARA , de CLARA KRAMER (Maio/2012 - Tema: Fatos Históricos)

A GUERRA DE CLARA  – AUTORA: CLARA KRAMER ( Sueli Couto resenha 1)

Este foi meu primeiro livro sobre holocausto. Nunca tive coragem de ler sobre o assunto, pois sabia que mexeria muito comigo mesmo sendo conhecedora da história. Escolhi ler no viajante do skoob pelo nome do livro ser igual o de minha filha e por ser uma história real, não li a sinopse antes. Se tivesse lido eu teria desistido e isso seria um erro. Emocionei-me muito e me apaixonei tanto pela história de Clara que ganhei o meu livro de presente e o reli.
O que dizer do horror pelo qual passou tantos seres humanos? Do extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos indesejados pelo regime nazista? Da ideia de ser superior a outros e matá-los? De tanta intolerância, maldade, sadismo? Sinceramente fico sem palavras, imaginando tamanho o horror...

Quando a guerra finalmente chegou à Zolkiew, na Polônia, em julho de 1942, os judeus são perseguidos, assassinos, enviados a campos de concentração. A família de Clara tenta buscar abrigo, um lugar para se esconder ou alguém que os ajudassem. E esta ajuda veio da forma mais improvável, da ultima pessoa que eles poderiam imaginar: o senhor Beck. Um anti-semita, com uma péssima fama de mulherengo, briguento, rude e beberrão. Ele e sua família protegeram e salvaram dezoito vidas escondendo-os no porão de sua casa por 18 meses!

Eles viveram neste abrigo subterrâneo abaixo da cama dos Beck, e passaram pelas piores provações, mas nada se comparava ao medo de que Beck desistisse de ajudá-los, lhes entregassem, ou simplesmente fossem embora, abandono-os a sua própria sorte.
Estimulada pela mãe, Clara escreve um diário onde relata como foram parar no sótão, quem era a família que os acolheu, quantas pessoas foram morar lá, as regras que foram estabelecidas, a fome, a sede, o desconforto, as noticias do massacre, as perseguições, as saudades dos familiares, o silencio, as dificuldades, as perdas, sacrifícios ...

É uma história emocionante, marcante, triste e envolvente. Extremamente difícil imaginar que um ser humano seja capaz de passar e sobreviver há tantas privações, humilhações, medo e provas. Um exemplo de fé, resistência, confiança, solidariedade, determinação e superação.
Recomendo, é uma história inesquecível!