sexta-feira, 15 de março de 2013

A Arte de Correr na Chuva, de Garth Stein (Mar/ 2013 - Tema Animais Protagonistas)

A Arte de Correr na Chuva, de Garth Stein (Março 2013: Animais Protagonistas)


Resenha de Ana Britto

Não tive animais de estimação e nem permiti que meus filhos tivessem, já que sempre moramos em apartamento e eu tinha (e tenho) certeza que qualquer cachorrinho ou gato se tornariam um ser a mais a ser cuidado e sustentado por mim.

Eu não sabia o que sei agora, que os cahorros, depois de esgotarem suas encarnações de cachorros, voltam à Terra como seres humanos, segundo o pensamento vigente na Mongólia. Enzo, um cruzamento de terrier com labrador, é um cachorro especial, com uma alma quase humana, e aprendeu isso cedo, num documentário da tevê. É ele quem narra a estória de Denny, seu dono, e sua família.

Enzo escuta, presta atenção e entende os seres humanos muito mais do que podemos imaginar e é capaz até de intervir, em certas ocasiões. E isso sempre demonstrando seu amor incondicional.

Denny é apaixonado por corridas de carro e seu sonho é trabalhar como piloto full time. Seus ídolos são os campeões de Fórmula Um e os grandes corredores, e entre todos, Ayrton Senna tem um papel de destaque. Os trechos mais bonitos do livro são aqueles em que Enzo, que aprendeu tudo sobre corridas com seu dono, narra as corridas de Senna, suas vitórias e sua maestria em guiar na chuva.

Confesso que o fato de ler um autor norte americano que menciona com tanta paixão Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e Pelé, como exemplo de campeão, entre vários outros pilotos citados, foi fator determinante para a escolha deste livro. Afinal, como diz Denny, “o carro vai onde a vista alcança”.
 

Este é um livro leve e gostoso de ler, mesmo para quem nunca teve animais de estimação.

Chamado Selvagem, de "Jack London" (Mar/2013 - Animais Protagonistas)

Mês de Março: Animais Protagonistas
Livro: Chamado Selvagem
Autor: Jack London
Tradução: Clarice Lispector
Resenha escrita por Lucelia Maia.

De acordo com o tema proposto do mês de março, animais protagonistas, fiz minhas escolhas: 1º animal: cachorro; 2º livro: Chamado Selvagem do autor Jack London.

O livro é uma narrativa maravilhosa protagonizada por Buck, um cachorro que é uma mistura de Pastor Alemão com São Bernardo. Ele é um cão lindo, forte, de pelo grande, macio e brilhoso.

A história desse cachorro é muito triste, a princípio ele mora em um lugar lindo, onde seu dono é um juiz que o enche de mimos. Por ser um cão bonito logo chama a atenção de um homem cruel que o rapta e vende para trabalhar puxando trenó nas geleiras do Alasca (se eu não me engano é Alasca).

Buck tenta atacar de todas as formas aqueles homens, mas ele está sujeito a todo tipo de tortura, ficas dois dias e duas noites sem comida ou água, a impressão que me dava era que a intenção era estimular os piores sentimentos, que um cachorro possa ter do ser humano. 

Acompanhamo-nos o amadurecimento de Buck, ele é um cachorro incrível, lógico não podia ser diferente, aprende tudo na pratica as duras penas, começa associar que com homem armado com porrete ou arma não se enfrenta, aprende a dormir na geleira sem sentir frio, a comer rápido para não perder a comida para outros cachorros e o melhor de tudo torna-se o líder da matilha, de uma forma muito engenhosa, que muito homem não conseguiria.


Por fim, o livro é incrível recomendadíssimo para jovens e adultos, principalmente para quem ama cachorros. Jack London conseguiu dá humanidade a seu protagonista. 

MARLEY & EU, DE JOHN GROGAN (Mar/2013 - Animais Protagonistas)

RESENHA
Escrita por Camélia Cecília

O livro conta a história de um jovem casal que adota um cachorro da raça Labrador, com o intuito de servir como um aprendizado em como cuidar de bebês. Porém, o que John e Jenny não esperavam é que tal experiência iria ser tão eufórica e agitada. Marley era um cachorro bem diferente dos demais, tinha uma alegria espalhafatosa e muitas vezes inconveniente, mas ensinou àquele casal o significado do amor incondicional e desmedido.
É uma história realmente linda. John Grogan abre as portas de sua vida e expõe de maneira natural a convivência de sua família com o destrambelhado Marley. Parece até que o autor nos recebe em sua casa e conversa conosco como se fôssemos amigos bem próximos.

Não sei se é por causa da minha paixão por animais, sobretudo por cães, mas
Marley & Eu foi uma leitura que me deixou saudades quando terminei. É curioso como um cão pode nos ensinar tanto! Marley simplesmente não tinha limites para demonstrar sua afeição pelos donos e nem tinha a mínima vocação para regras e ajustes de conduta, não se dobrava aos padrões impostos. E, apesar de todo excesso de demonstração de carinho (acompanhado de muitas lambidas, arremessos ao chão e chicoteadas com o rabo balanceante), podíamos observar que Marley também tinha seus (raros) momentos de sensibilidade, a exemplo do episódio da perda do primeiro bebê do casal.

É um livro, portanto, que toca lindamente ao coração e vale a pena ser lido.