quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

"50 Tons de Cinza" de E L James (Jan/2013 - Tema Livre)

(Por Isabor Maria)

Anastasia Steele é uma estudante comum com uma vidinha pacata e normal, até que conhece por pura "malicia do destino" o empresário multimilionário Christian Grey.
A partir disso é iniciada uma relação mais do que anormal entre os dois. Onde, posso dizer, Christian é o caçador e Anastasia a caça.

Comecei a ler o livro pela indicação de uma amiga, que estava prometendo com veemência que eu iria me apaixonar pelo enredo e pela literatura "erótica e sadomasoquista"
Aos poucos percebi que não passava de uma versão mais adulta, se é que podemos chamar assim, de Crepúsculo.

Com enredo e diálogos mais do que desnecessários, 50 Tons me parece AQUELE tipo de livro que quer trazer a tona novamente uma posição que há alguns anos atrás se enquadrava as mulheres: a de submissa (e de preferência com as pernas bem abertas.. Se me permitem o trocadilho).

E é exclusivamente feito para vender de mais, ou seja, um livro comercial, para leitores que nunca tiveram realmente uma experiência literária que vai encher sua mente ao invés de seus olhos...

Acho que o livro deveria ser mais focado no sentimento do que necessariamente no sexo, afinal a personagem é virgem e nunca teve outra experiencia a não ser a que é submetida pelo empresário quem tem gostos excêntricos e gosta de manter um padrão para suas submissas, além do prazer pelo sadomasoquismo.

Observa-se também a alusão as roupas de grife e as mascas famosas, contradizendo a personagem que diz não se importar com o que o empresário lhe oferece (mas aceita de bom grado, para não ser punida depois)

Somente ainda por insistência dessa mesma amiga eu vou me aventurar a ler os outros livros da série. (torcendo para que acabe logo...)

50 Tons de Cinza é fútil, apelativo e consegue ser tão ruim ruim quanto Crepúsculo (que aliás foi o livro que inspirou a série)

Enfim... Não gostei do livro, pois a linguagem é repetitiva e muito machista (apesar de tentar não ser), porém pretendo continuar e terminar a série apenas por mero desencargo de consciência.

Cavalo de Guerra, de Michael Morpurgo (Jan/2013 - Tema Livre)


Quando ainda era um potro Joey foi separado de sua mãe e vendido ao pai de Albert que enfrentava dificuldades financeiras. Albert cuidou de Joey até que a Primeira Guerra Mundial estourou e o pai de Albert endividado teve de vender Joey ao Capitão Nicholls que era da Cavalaria e estava indo para a guerra. Joey vai para a guerra com o Capitão, conhece um outro cavalo chamado Topthorn. No meio da guerra Joey trabalha com tudo um pouco: ajudando os médicos a trazerem feridos e mortos da linha de frente, carregando canhões, trabalha na colheita. Enfim, uma história bem legal, uma leitura bem fácil e bem curtinha, ideal pra quem curte o assunto e pra quem não tá com muito tempo para ler.

Por Mariana Lopes Kramar

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak (Jan/2013 - Tema Livre)

É engraçado que, tentando escrever uma resenha sobre um livro que dá tanta importância e beleza às palavras, elas faltem e se evaporem com tanta facilidade.

A Menina que Roubava Livros é inexplicável. Um livro que
todos deveriam ler, sem sombra de dúvida. Um livro que encanta pelo enredo, pelos personagens, pela poesia escondida em cada frase...

Talvez o que eu deva mencionar primeiro seja que a Morte é a narradora. Isso a princípio parecia bem mórbido, mas acaba não sendo. Essa narradora é fantástica, emprestando à história um ponto de vista totalmente diferente de qualquer coisa que você já tenha visto. O jeito como as coisas são contadas tem um ar diferente. E ela é a maior contadora de
spoilers do Universo! No meio do livro, grandes partes do final são reveladas assim, sem mais nem menos. Mas, incrivelmente, você fica surpreendido no final mesmo assim.

A estrutura do livro se dá com um prólogo, dez partes e um epílogo. As partes são os nomes de livros que são de grande importância para a roubadora de livros, Liesel Meminger. O prólogo mostra como a Morte encontrou Liesel por três vezes. Aliás, a Morte tende a associar cada vez que chega a uma pessoa com uma cor. Assim, as três vezes que ela encontra Liesel são associadas ao branco, ao preto e ao vermelho, montando uma bandeira... a nazista.


Para mim, em A Menina que Roubava Livros, há sete personagens principais. Vou tentar falar um pouco sobre cada um e assim explicar o enredo.


A Morte
– ela é uma mistura perfeita do narrador distante da ação, onisciente, e ao mesmo presente, passeando pelos personagens, revelando suas ideias e pensamentos, levando os que amamos... É ótima em interromper a narrativa com “fatos”, “notas” e “estatísticas”. Em suas próprias palavras:
Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo. (...) A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento em que eu chegar para buscar você? Que dirá o céu?

Liesel Meminger
– a “roubadora de livros”. Liesel começa o livro com dez anos, sendo levada junto com seu irmãozinho por sua mãe para morar com pais adotivos em uma cidadezinha chamada Molching. No caminho, entretanto, seu irmão morre (onde a Morte encontra Liesel pela primeira vez). No enterro do menininho, um dos coveiros deixa cair um livro, “O Manual do Coveiro”, e Liesel o pega. É seu primeiro roubo. Com o passar da história, as palavras continuam a ter um efeito em Liesel, cada vez maior. Liesel escreveu:
Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito.

Hans Hubermann –
o “acordeonista” e o “cumpridor de promessas”. É o pai adotivo de Liesel. Quando ele percebe que a menina tem pesadelos devido à morte do irmão, senta-se ao seu lado por madrugadas inteiras e ensina-a a ler. Foi Hans quem ensinou Liesel a amar as palavras primeiro. Ele é pintor, mas também toca seu acordeão. Acho que nada melhor para descrever Hans do que algumas palavras da Morte:
Em 1933, noventa por cento dos alemães manifestavam um apoio resoluto a Adolf Hitler. Isso deixa dez por cento que não o manifestavam. Hans Hubermann fazia parte dos dez por cento. Havia uma razão para isso.

Rosa Hubermann –
a “roncadora”. É a mãe adotiva de Liesel. Inicialmente um pouco assustadora por xingar tudo e todos, mas com um excelente coração. De personalidade forte, mas doce e corajosa ao mesmo tempo, Rosa é uma personagem inesquecível.
Ela possuía a habilidade singular de irritar quase todas as pessoas que encontrava. Mas realmente amava Liesel Meminger.

Rudy Steiner
o “maluco que se pintara de preto e derrotara o mundo inteiro” e “Jesse Owens”. Rudy tem olhos azuis esbugalhados e cabelos tão amarelos quanto limões. Ele demonstra toda sua personalidade logo no início do livro, implorando um beijo de Liesel. Ela retribuiu xingando-o de Saukerl  (aprendido, sem dúvida, de Rosa). Eles jogam futebol, roubam comida e livros, xingam um ao outro, aprontam na Juventude Hitlerista, xingam mais um pouco, e por aí vai...
UMA COISA PIOR DO QUE UM MENINO QUE DETESTA A GENTE: Um menino que ama a gente.

Max Vandenburg –
o “lutador”. Amava briga de rua na infância. Aos 24 anos, teve de se esconder dos nazistas, por ser judeu. Uma velha promessa e um acordeão o atam aos Hubermann e a Liesel Meminger. A relação que ele trava com essa família é de arrepiar de tão linda. Sua atitude com relação à Morte e o próprio julgamento dela quanto a isso são inesquecíveis:
- Quando a morte me pegar – jurou o menino -, vai sentir meu punho na cara.
Pessoalmente, gosto disso. Desse heroísmo idiota.
É.
Gosto muito disso.

As palavras
– sim, eu acho as palavras personagens importantíssimas do livro. Por quê? Porque, sem o jeito maravilhoso como elas se mexem pelas linhas, a história simplesmente não seria a mesma. Porque elas transformam a vida de Liesel de forma inimaginável. Porque elas confortam durante bombardeios. Porque fogueiras com livros parecem assassinatos. Porque palavras são escritas em lixas de parede e nas paredes de um porão. Porque histórias lindas brotam das páginas pintadas de Mein Kampf. Porque um bando de fanáticos não consegue destruí-las.
Markus Zusak é o autor dessa obra de arte, nas suas mãos as palavras são colocadas de maneira quase que mágica. O livro tem poesia, conforme meus olhos foram percorrendo as linhas, pude ver as palavras correndo, parando abruptamente, dançando, sorrindo, chorando e gritando. Para quem gosta de colecionar frases (que é o meu caso), é preciso ter cautela, se não pode acabar copiando quase toda a obra.

Se você ler esse livro, vai ver as reflexões da morte sobre os humanos, as confusões de Rudy e Liesel nas escolas nazistas, o medo de Max e dos que o amam, o poder dos livros, como o povo alemão também sofreu com a guerra e muito mais. É um livro para pensar, rir e chorar.

Enfim, para resumir...

“Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.”

O Signo dos Quatro, de Sir Arthur Conan Doyle (Jan/2013 - Tema Livre)

Este é o segundo livro no qual aparecem o famoso detetive Sherlock Holmes e o médico Dr John Watson.
Depois de alguns anos dividindo um apartamento em Baker Street 221B, os dois amigos se envolvem novamente em uma grande trama de mistério e assasinato.
Holmes, que devido a ausência de excitação mental faz uso de drogas no começo do livro, logo se vê totalmente ocupado em resolver o caso de Mary Morstan.

O caso começa com a visita de Morstan e a exposição do caso: um mistério envolvendo seu falecido pai, antigos amigos do mesmo e um tesouro escondido.

Este foi o quarto livro do Sherlock Holmes, e apenas o segundo romance, que eu li.

O livro é muito bom. A narrativa é gostosa de ler e não tem nenhum aspecto muito especial. O principal é a história e seus personagens, por que muita coisa vai acontecendo ao longo do livro e tudo vai ficando diferente. A capacidade de dedução de Holmes continua muito aguçada e surpreendente. Além disso, John Watson tem uma história paralela muito gostosa de acompanhar. Enfim, uma ótima leitura mesmo para quem nunca leu nada do detetive mais famoso da literatura.


Ricardo Luiz Parise

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cinquenta Tons de Cinza de E. L. James (Jan/2013 - Tema Livre)

Por Rosana Bernas

Minha Deusa Interior está confusa ao escrever sobre os 50 Tons. Não é uma história excelente, mas também não é ruim. Talvez por tratar de um assunto que está fora da minha realidade eu não tenha gostado muito logo de cara, mas por outro lado é sempre bom conhecer coisas novas e que realmente existem.  Tem muito mais por trás de Grey do que um homem que gosta de sentir prazer por meio da dor de outra pessoa.

Apesar de o livro ter uma leitura fácil, achei o início é bem chatinho, mas depois a história deslancha e até que começa a ficar interessante. Cristian Grey mesmo tendo esse "trauma?", "mania?", "obsessão?", "tara?" “doença”? ...não sei como descrever... é um homem altamente romântico (ao modo dele) e ainda assim, consegue deixar as mulheres em polvorosa querendo encontrar um Grey em suas vidas, sim....porque ele  é encantador, apesar de ser terrivelmente ciumento, possessivo, mandão, autoritário, na verdade quase um obsessor encarnado que acha em Ana uma pessoa perfeita para continuar fazendo o que gosta e lhe dá prazer. Tudo bem que ele seja autoritário, mas daí a tratar Ana como uma idiota que até pra comer precisa ser lembrada foi um pouco demais pra minha cabeça, sabe? Mesmo sendo o protótipo do homem lindo, desejado e ainda por cima rico e Ana com sua insegurança em achar que nunca conseguiria atrair um homem assim (o que nós mulheres temos, heim? rsss) ....ainda assim eles conseguem nos fazer querer, em algumas partes, entrar de cabeça na estória.

Tem momentos que são bem excitantes, mas a parte da dor, não me empolgou nem um pouco, definitivamente não serei submissa a ninguém... pelo menos não nesses termos. Algumas descrições são de deixar qualquer deusa interior subindo pelas paredes...aiai

Dei muitas risadas com os momentos “Deusa Interior” e amei a parte da troca de e-mails deles...tinham momentos que mesmo sem falar diretamente, conseguiam ser muito sensuais....eles deixavam no ar...conseguiam dar uma leveza toda especial nesse tipo de comunicação, ora em tom carinhoso, ora em tom irônico, mas em todas elas com uma carga enorme de sedução.

Como falei, não é um livro excelente, mas o fato de Grey não saber como lidar com um amor, digamos, convencional e mesmo assim querer tentar, torna a história bem interessante e já que comecei e como se trata de uma trilogia, muita coisa ainda ficou no ar, então vamos lá dar sequência aos 50 tons pra ver se eles ganham mais cor ou se perdem o tom de vez. 



domingo, 27 de janeiro de 2013

"O País do Carnaval", de Jorge Amado (Jan/2013 - Tema Livre)

 ( Por Denise Cruz)

É um livro carregado de sentimentos intensos, confusos e controversos.

Normalmente, relaciono este tipo de leitura exatamente a Jorge Amado.

Gostei da intensidade e dos desequilíbrios em tudo que era sentido; das críticas, muitas vezes tão irracionais que acabavam alcançando a realidade do ser humano e nos transportando às nossas próprias críticas e pensamentos. Tão singulares e tão comuns ao  mesmo tempo. Muito Jorge!  

O mais interessante, em minha opinião, é que a leitura acaba nos levando a questionar, não apenas se as personagens estão certas ou erradas no que dizem e/ou pensam, mas também, o quanto há de certo e de errado em cada uma delas e o motivo disso; e, consequentemente, o que há de certo e errado em nós mesmos, como seres humanos.

Para mim, esse livro mostra Jorge Amado como um estudioso da natureza humana. Alguém que, como Ticiano, talvez não queira encontrar nada ou responder nada; não se importa, realmente, em estar certo ou errado. Apenas está profundamente ciente do quão tola e magnífica pode  ser cada pessoa nessa terra, independente daquilo em que acredite ou não; daquilo que saiba ou não. É uma análise tão profunda e ao mesmo tempo tão ‘discreta’ da natureza humana. Muito inteligente, muito astuta! Uma boa leitura, de fato!

“O Livreiro de Cabul”, de Asne Seierstad (Jan/2013 - Tema Livre)

(Denise Cruz)
            
Um livro de escrita fluida e clara, simples de se ler. Muito agradável!
          
A autora relata o seu dia a dia junto a uma atípica família afegã, em meio às diferenças e similaridades que relacionam essa mesma família às demais famílias daquela região.

As  surpresas aparecem na apresentação de fatos curiosos e de comparações feitas sobre o país antes e depois das últimas guerras.

É realmente interessante observar como as pessoas reagem diante de tantas mudanças desordenadas em tão pouco tempo; Muitos ficam felizes e se adaptam rapidamente; outros se apegam aos males antes vividos, como se fossem o próprio ar a ser respirado.

Ao longo da história, vão nos sendo apresentados a riqueza cultural do Afeganistão, os sonhos e os anseios de seu povo, que ainda hoje, tenta superar as imensas dificuldades estabelecidas por interesses pessoais e por rigorosos padrões religiosos e sociais. Um povo tão forte, tão complexo e tão simples ao mesmo tempo, que se martiriza entre a própria consciência religiosa, tão deturpada por pessoas não tão castas e o desejo de melhorar de vida e ser alguém. Um povo que ama o país onde nasceu e deseja vê-lo florescer neste mundo

Vale à pena a leitura! Nunca me surpreendi tanto com a história de um povo!

Porque os homens amam as mulheres poderosas, de Sherry Argov (Jan/2013 - Tema Livre)

Este livro nada mais é que um livro de auto ajuda para mulheres. A autora do livro conta que fez pesquisas durante um certo tempo sobre o comportamento de homens e mulheres em um relacionamento e então resolveu escrever um livro para ajudar mulheres "boazinhas" a tornarem-se mulheres "poderosas". Durante todo o livro ela da exemplos de mulheres que fazem de tudo pelos homens - deixam de sair com quem gostam, deixam de fazer o que gostam, trocam horários para se adequar ao horário deles - e não recebem o mesmo em troca e dá dicas para que elas se tornem mulheres felizes. Ao decorrer do livro ela repete algumas coisas para deixam bem claro qual é o objetivo do livro e o que ela mais fala durante o livro é de que as mulheres tem que continuar com sua vida, fazer as coisas de que gosta, dizer sim quando quer dizer sim e dizer não quando quer dizer não, simplesmente continuar sua vida e não largar de tudo o que gosta para ficar com um homem. O que é interessante no livro é que uma boa parte dos exemplos que ela dá e diz que você não deve fazer é exatamente o que você faz. Recomendo o livro para todas as mulheres que como eu estão passando por dificuldades no relacionamento e que o principal motivo é a falta de atenção do companheiro.

Por Mariana Lopes Kramar 
Cliq

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger (Jan/2013 - Tema Livre)

Por Júlia Deco
 O livro narra alguns dias da vida de Holden Calfield. Após ser reprovado em praticamente todas as matérias e ser expulso da escola novamente, Holden foge da escola alguns dias mais cedo do que deveria, se despede do velho Spencer, seu professor de história, e vai para Nova York, enquanto espera até que seus pais recebam a carta do diretor e que sua mãe possa digerir a notícia Holden se hospeda em hotéis, na casa de um antigo professor, se encontra com taxistas de personalidades diversas, freiras, prostitutas, etc; devido à diversas coisas que lhe acontecem e aconteceram Holden pensa até mesmo em fugir de casa atrás de uma vida sossegada fingindo-se de surdo-mudo. 
 
O bacana do livro é a simplicidade, não é nenhum livro com uma história mirabolante ou algo do tipo, é somente a narrativa de alguns dias da vida de um adolescente em conflito com ele mesmo, de início é algo que nos decepciona, mas depois quando se para e percebe a realidade retratada na história, o livro torna-se apaixonante.

A Estrada Sinuosa, de Morris West (Jan/2012 - Tema Livre)

Por Camélia Cecília

O livro traz como personagens principais o jornalista americano e correspondente internacional Richard Ashley; Vittorio, o influente político Duque de Orgagna; e Cosima esposa do Duque e ex-amante de Richard.

A história tem como cenário a Itália, onde Richard se encontra com a finalidade de conseguir as provas que confirmam a participação do perigoso Duque de Orgagna em uma série de crimes ligados ao governo italiano, para com elas concluir sua “reportagem de ouro”. Contudo, com as eleições próximas, o Duque de Orgagna, já sabendo das intenções de Richard, busca impedi-lo, de todas as formas, de mostrar suas práticas ilícitas para os seus eleitores e para mundo.

É um livro de rápida leitura. Tinha tudo para ser instigante, mais desenvolvido, e ter um final memorável. Porém as séries de explosões histéricas dos personagens em algumas passagens, sobretudo de Richard (o que é tão improvável para um homem moderno, culto e bem sucedido), Cosima e Elena (esta última, personagem coadjuvante) são muito dramáticas, desnecessárias e enjoativas. Os trechos em que Richard conjectura as conspirações armadas contra ele também são enfadonhos... Além de existir o seguinte disparate: como Richard aceita hospedagem na residência do Duque, sabendo que este é um homem que tem todos os motivos e nenhum empecilho moral para assassiná-lo? É algo fora da realidade...

E o final é daqueles que você se pergunta: “sim, e...?” Ou seja, acredito não ser dos melhores livros de Morris West.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Motorista, de Duane Swierczynski (Jan/2013 - Tema Livre)

Por Adriana V. F. da Silva

Este livro de suspense foi uma revelação, não conhecia o autor, então foi uma surpresa muita boa. Conta a história de um assalto onde o personagem principal é o Ladrão de bancos Lennon, ele é o motorista experiente que foi traído, então ele tenta descobrir quem o traiu e se safar com dinheiro do assalto. História onde não existem mocinhos, somente vilões, cada um tentando se dar bem, cheio de reviravoltas. O único porem é a mudança de capítulos onde eu fiquei um pouco perdida, tive que voltar algumas vezes para reler. Recomendo

Quase memória, de Carlos Heitor Cony (Jan/2013 - Tema Livre)

Por muito tempo fui assinante da Folha de São Paulo e foi lá que conheci Carlos Heitor Cony quando ele passou a escrever suas crônicas no mesmo espaço em que Otto Lara Resende escrevia. Cony foi e é um substituto à altura de seu predecessor e gosto muito de seu texto. Mas nunca tinha lido nenhum livro dele, este foi o primeiro e me tocou muito. Porque é o relato de um relacionamento rico, amoroso, complexo e fundamental, como são sempre os relacionamentos  de pais e filhos. E ao mesmo tempo em que sentimos o amor de um pelo outro e  nos maravilhamos com a singularidade da vida de cada um, percebemos que a memória e as lembranças também servem para fazermos um balanço e um acerto de contas. O pai foi pra Cony um gigante duro, exigente, mas foi também seu professor e herói e o filho se constitui em sua platéia predileta, além de cúmplice e colega de profissão.

Num tempo em que não se falava em “home schooling” (educação em casa em vez de na escola) o pai (que também era professor) se dispôs a dar aulas para o filho para que pudesse prestar o exame de admissão ao seminário, onde o filho queria estudar para ser padre. E foram aulas de todas as matérias do antigo nível primário (antigo primeiro grau, hoje acho que é ensino fundamental, os quatro primeiros anos somente): portugues, redação incluído, matemática, história, geografia e até atividades extra curriculares como excursões ao Morro do Sumaré e ao Circo Sarraceni.

O pai foi jornalista e a certa altura da vida, quando, por questões de saúde não pode mais exercer a profissão, o filho o substituiu oficiosamente, pra todos os efeitos, o serviço ainda era feito pelo pai, que só comparecia para receber o salário a que tinha direito. O filho assumiu deveres do pai em relação à vida profissional e financeira e conheceu segredos pessoais quando teve acesso ao seu local de trabalho, através da convivência com os colegas do pai.

O filho conta de uma viagem feita muitos anos depois da morte do pai, quando numa curva viu a indicação de um castelo e  tomou aquela direção imediatamente porque se lembrou de uma das estórias do pai falando daquele lugar. Num tempo em que não havia internet, nem google earth, nem wikipedia, o pai era capaz de descrever lugares que lhe interessavam como se ali estivesse, como se de fato os conhecesse, quando na verdade, nunca tinha colocado os pés lá, o que foi constatado pelo filho naquele castelo, perto de um lago.

Acredito no poder transformador da arte e, mais uma vez, pude comprovar isto com este livro, que me fez pensar em meu pai e no legado que deixo para meus filhos. Porque, na verdade, de alguma maneira, os filhos carregam seus pais consigo. E isso pode ser bonito.
 

Por Ana Britto

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Dia da Caça - James Patterson (Jan/2013 - Tema Livre)

O Dia da Caça foi o segundo livro que eu li de James Patterson, o primeiro foi o romance " O Diário de Suzana para Nicholas" este livro foi mediano. Este autor tão comentado nas redes sociais e a forte propaganda " o Autor de suspense mais vendido do mundo", foi o chamariz para adquirir este exemplar, como adoro o tema "suspense" , estava ansiosa para ler, qual não foi a minha decepção, o autor parece perdido na história, o personagem principal Alex Cross que foi apresentado como um detetive muito experiente, está totalmente deslocado na sua área, sem planejamento ou qualquer habilidade , o autor foca mais nas atrocidades dos vilões como se fosse o tema principal, ofuscando na investigação do detetive, " decepção" é a palavra correta para definir este livro.

Por Adriana V. F. da Silva

O Símbolo Perdido, de Dan Brown (Jan/2013 - Tema Livre)

Resenha escrita por Camélia Cecília


O livro tem como protagonistas Robert Langdon, um professor universitário de simbologia; Peter Solomon, um historiador, cientista e integrante da mais alta cúpula da Maçonaria; sua irmã Katherine Solomon, uma cientista que estuda e pesquisa a ciência noética; e o vilão Mal’akh, obcecado por tornar-se um deus.


O enredo se passa nos Estados Unidos, mais precisamente em Washington, tendo como cenários os prédios mais imponentes da capital estadunidense, onde estaria escondido, por trás de várias chaves enigmáticas possuídas pelos integrantes do mais alto escalão da Maçonaria, um símbolo que daria poderes sobrenaturais e sobre-humanos a quem o encontraria e fosse merecedor. Porém, para se chegar a tal símbolo, seria necessário decifrar seu mapa também composto por vários outros símbolos.


Mal’akh, com sua obsessão em tornar um ser superior, está disposto a passar por cima de tudo e de todos, sob uma série de torturas e coações principalmente contra Langdon, Solomon e Katherine, demonstrando seu forte caráter psicopata.


Toda a história de perseguições, torturas, ameaças, passa-se em um único dia, contadas nas longas 489 páginas do livro, o que eu acho que, na realidade, é pouquíssimo tempo para tantos acontecimentos. A linguagem é interessante no sentido de que se o leitor não for atento será levado a conclusões equivocadas, mas esclarecidas em trechos posteriores, pois o autor usa descrições evasivas de pessoas que supostamente passariam despercebidas, o que oferece (como não poderia deixar de ser) um ar misterioso ao enredo.

O leitor é principalmente conduzido pela curiosidade. Curiosidade talvez bem maior do que o livro oferece como desfecho, podendo ser um tanto decepcionante... Realmente não é um livro que tem o poder de tornar-se “o livro da minha vida”, “um livro de cabeceira” etc. Talvez essa não tenha sido mesmo a intenção do autor. Mas, pela minha humilde visão, acredito que a história não seja capaz de tornar-se uma obra prima, embora traga algumas mensagens subliminares, como por exemplo, que somos capazes de criarmos o que nos sejam necessários à nossa vida, visto que somos parte de Deus e não somente sua criatura, ou de que nem tudo é o que parece ser ou o que imaginamos. Sim, são mensagens que até já podemos conhecer e que às vezes precisam ser reforçadas, mas talvez fujam do esperado pelo leitor

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O GRANDE GATSBY, de F. SCOTT FITZGERALD (Tema Livre - Jan/2013)


Resenha escrita por Lucelia Maia


O sonho americano, dinheiro, muito dinheiro, festas e mistério são os ingredientes principais do romance O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald (1896 – 1940), esse escritor americano é considerado da geração perdida da literatura americana, ou seja, pessoas desorientadas e desiludidas com as limitações culturais da Sociedade Americana.

O romance se passa na Nova York na década de 1920, é narrada por Nick Carraway, pessoa simples e o personagem mais sensato da história, que a principio é o vizinho do Gatsby, que no decorrer do romance se tornam amigos, (eu diria o único amigo por ambas as partes). Do outro lado da ilha (sim eles moram em uma ilha), está o “casal ternura” Daisy e Tom Buchanan, onde Daisy é prima Nick, e por causa desse grau de parentesco Gatsby se aproxima de seu vizinho. Sabe porque? Isso mesmo, Gatsby e Daisy tiveram uma romance, e ele nunca conseguiu se aproximar dela depois que ele misteriosamente ficou rico, ela não ficou com por que ele era pobre, hum..muito clichê.

Mas, o romance de Fitzgerald, é muito mais que esse romance sem graça, ele critica firmemente a sociedade da época, a sociedade é demais, ele critica o mundo dos ricos, dos novos ricos, descreve a rotina dos personagens cheia de  futilidades. 

Enfim, o romance merece ser lido, primeiro é um clássico americano e segundo 
Fitzgerald foi muito feliz no enredo e desfecho do romance.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Para comover borboletas de Kelson (Dezembro/2012 - Poesia)

Por Sueli Couto

Sinopse

Este é um livro de poema que tem o intuito de traduzir uma vontade de descobrir quando as letras têm a cor do sonho, pinturas poéticas a burilar fantasias, provocar sonhamentos, comover borboletas. Aqui, o leitor poderá encontrar poemas como 'Dois Centímetros', 'Sensibilidade', 'O Desejo da Tarde'.
Eu escolhi este livro pela capa e pelo nome. A capa uma mescla de azul muito bonita e o nome me pareceu comovente e sensível. Sinceramente não me considero capaz de analisar coerentemente o livro, primeiro por não gostar muito de poesias que me pareçam sem sentido. Segundo por não ter base teórica para a análise mesmo.
Os poemas são curtos, de rápida leitura, mas não consegui entende-los. Enfim o livro não chamou a minha atenção.

Poemas Antológicos de Solano Trindade (Dezembro/2012 - Poesia)

Por Sueli Couto


Sinopse

O canto poético de Solano Trindade é, sobretudo, uma arte de resistência. Participante ativo da cultura negra no Brasil, entusiasta de maracatu, e seguidor das raízes africanas, Solano deixou marcas na história cultural do país.
Sua luta aparece sob diferentes formas: nos poemas que denunciaram a escravidão; na exaltação da cultura enraizada na África e que por aqui, às vezes, é ignorada; a insistência em declamar amor como um princípio de liberdade. Considerado nosso "poeta negro", foi exemplo de força -- sua obra clama por justiça. A história de Solano em defesa da cultura negra confirma esta súplica. Traz à tona a discussão sobre igualdade e liberdade em poemas repletos de musicalidade.


A coleção "Obras Antológicas" reúne o melhor da produção poética do pernambucano Francisco Solano Trindade, grande defensor e divulgador da cultura n egra no Brasil.
Poemas Antológicos de Solano Trindade é um convite à reflexão. O autor fala sobre democracia racial, sincretismo religioso, amor, liberdade, justiça, igualdade, cultura.
Belo livro começando pela capa bem desenhada e colorida e pelos poemas belíssimos.
Gostei muito do livro!