terça-feira, 30 de julho de 2013

A cor púrpura, de Alice Walker (Jul/2013 - Cor ou cores no título)

Mês de Julho Mês das Cores
Livro: A Cor Púrpura
Autora: Alice Walker
Por: Lucélia Maia
    O mês de julho foi dedicado as cores com uma finidade de opções a minha preferência foi pela cor roxa ou como preferir o livro lido foi:  A Cor Púrpura de Alice Walker.
    Publicado em 1982 e ganhador do Prêmio Pulitzer o livro tem como tema principal a vida dura e cheia de discriminação dos negros americanos do começo do século XIX, como um foco principal nas mulheres negras.
    O livro nos conta a estória de Celie ou melhor ela nos conta sua estória, pois, o livro tem o formato de diário/cartas como uma forma desabafo para Deus. Celie é semianalfabeta e a autora é muito fiel a isso pois os escritos é de pessoa nessa realidade.
    Celie é uma negra, pobre, se torna órfã de mãe e sem nenhuma instrução sua vida é muito sofrida. Logo no início é estuprada pelo o pai, com quem tem dois filho, em seguida é forçada a se casar com Albert, apanha quase todos os dias, não é respeitada pelos filhos do seu marido. Ela não reclama e não se desespera simplesmente vive essa vida medíocre sem expectativa de nada, acha tudo muito normal nem raiva tem das pessoas.
    Sua vida começa a mudar quando ela conhece Doci Avery, cantora, mulher com muita personalidade e amante de Albert. As duas se tornam amigas e depois amantes.
    O romance é um livro envolvente, cativante, tem uma história forte muito bem escrita onde todos os personagens com o passar do tempo se desenvolve, amadurece e mudam as opiniões e a visão de vida.
    Existe um momento que merece um destaque especial na obra é a parte que a Celie passa por uma situação em que ela dá uma basta. E a primeira pessoa que ela se revolta é com Deus e a uma discursão sobre a existência de Deus com a Doci. Pois a visão de Celie tem de Deus é que ele é um homem velho e branco e a Doci tenta mostrar que Deus não é um homem Deus é uma força maior que está em tudo.
    Uma coisa que a autora deixou de explorar foi o preconceito que as pessoas tem com romances homossexual, por mais que existem leis, as pessoas são mais esclarecida até hoje tem muito preconceito. E na obra tudo muito normal e natural. Nenhum dos personagens acha estranho o comportamento das duas em pelo século XIX eu acho difícil.
    O romance A Cor Púrpura é maravilhoso recomendadíssimo, vale muito a pena ser lido.   

O Vermelho e o Negro – Stendhal (Jul/2013 - Cor ou cores no título)

Resenha de O Vermelho e o Negro – Stendhal
Escrita por Débora Paias
    Como eu sou uma leitora voraz de clássicos e acredito piamente na necessidade de se lê-los, uma hora ou outra eu ia me deparar com Stendhal e seu “O Vermelho e o Negro”.
    “O Vermelho e o Negro” conta a história do jovem Julien Sorel, na França dos anos 1830. Filho de camponeses, mas dotado de uma notável memória, Julien dedica-se no fim de sua adolescência aos estudos que farão dele padre, única perspectiva de “crescer na vida” para pessoas de seu nível. Mas o que Julien realmente almeja – sem que contudo possa dizê-lo para ninguém – é ser alguém tão grande quanto seu herói, Napoleão. Se o rapaz tivesse nascido apenas dez anos antes, poderia realizar-se durante as guerras napoleônicas. Mas o acaso fez com que ele fosse simplesmente Julien Sorel, estudando e atrás de empregos de tutor que pudessem ajudá-lo a ser grandioso.
    A história também é centrada nas paixões do jovem Julien, principalmente por duas mulheres: a mulher do prefeito de sua cidade natal, a Sra. de Rênal, e a aristocrata Mathilde de La Mole. O drama psicológico de Julien e das mulheres que ele amou é particularmente confuso, e achei que várias passagens foram lentas, tornando a leitura cansativa.
    Em poucas palavras, eu não gostei tanto da leitura de “O Vermelho e o Negro” quanto de outros clássicos. A bem dizer a verdade, mal entendi o propósito do livro em si, exceto talvez representar uma geração da história da França. A leitura foi arrastada, demorada e cansativa. As últimas 100 páginas foram um pouco mais empolgantes, mas mesmo assim não foi o suficiente para tornar este um dos meus livros favoritos.

domingo, 28 de julho de 2013

O Tigre Branco, de Robert Stuart Nathan (Jul/2013 - Cor ou cores no título)

(Dinha)

Resenha:

Tudo começou num período pós premiê Mao e a Revolução Cultural no qual a morte de Sun Sheng, um grande amigo de Hong inicia suas suspeitas de que talvez essa morte fora provocada por alguém, mas porquê? O que seu querido amigo descobrira a tal ponto que outras pessoas o queriam calado?


Hong trabalha como Assistente chefe das Relações Públicas no Bureau, onde foi designado por Wei Ye, uma dos três tigres, para investigar Peter Ostrander que poderia ser um espião americano que voltara a China para roubar os fósseis encontrados há cinqüenta anos por seu pai Theodore Ostrander. Mas apenas com muita investigação e ajuda de seu assistente Chan e muitos funcionários do Bureau, Hong descobre cada vez mais e precisa fazer uma linha cada vez maior para unir todos os fatos.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

S. Bernardo, de Graciliano Ramos (Jun/2013 - Romances Psicológicos)

Resenha escrita por Débora Paias


    Meu interesse por S. Bernardo começou quando eu ouvi dizer que a história é bem parecida com Dom Casmurro, um dos meus livros favoritos. Eu já havia lido Vidas Secas do Graciliano Ramos e tinha amado, então S. Bernardo sempre esteve na minha listinha de livros a se ler.
    S. Bernardo é narrado por Paulo Honório, a criatura mais mal-humorada que existe no mundo. O princípio do livro é muito parecido com Dom Casmurro: ele nos conta sua intenção de escrever um livro narrando sua vida e os esforços que faz em tentar alcançar esse objetivo. Interessante foi uma conversa dele com um dos amigos de quem ele pede ajuda para escrever. Esse amigo dizia que não podia se escrever como se fala, mas Paulo Honório vai contra. É o que ele vai fazer, escrever como se fala, o que nos faz acreditar numa ideia de verossimilhança, quando sabemos que pode não ser bem assim.
    Paulo Honório não teve família. Através de muitas tramoias, conseguiu adquirir a propriedade de S. Bernardo, uma fazenda no nordeste. A fazenda prosperava bem, ele conseguiu ficar “bem de vida”, até que de repente decide que quer se casar. Ele não sabe bem com quem, até conhecer Madalena. Madalena é uma professora, muito melhor instruída do que Paulo Honório, uma pessoa boa e que ajuda os outros. É da divergência entre essas personalidades e com muitos delírios de ciúme que a história vai sendo construída.
    A história lembrou Dom Casmurro em diversos pontos. Primeiro, os dois narradores são realmente bem parecidos e os seus propósitos de preencherem o vazio de suas vidas escrevendo também são os mesmos. Os ciúmes de ambos também são bem parecidos. Vale a pena ler os dois livros e fazer uma comparação.
    O modo psicológico como a história é narrada também é bem interessante. Há capítulos onde delírios se misturam com as lembranças. Somos conduzidos junto com os pensamentos de Paulo Honório, pensamentos estes bastante confusos e atordoados, que nos fazem sentir como ele.
    Achei S. Bernardo uma leitura bem fluida. Embora esteja cheia de termos meio desconhecidos, vindos do nordeste brasileiro, dá para acompanhar o contexto sem ter que parar muito para ir ao dicionário. Os capítulos são bem curtinhos, o que ajuda bastante também.
    Enfim, S. Bernardo é uma história de como um homem pode ter tudo, mas de repente sua personalidade hostil põe tudo a perder. É uma história de como a felicidade às vezes está bem a frente, mas não se percebe. É uma história amarga de culpa e remorso.
   

terça-feira, 2 de julho de 2013

O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brönte (Jun/2013 - Romances Psicológicos)


Resenha escrita por Dinha:

Quatro crianças foram obrigadas a se despedir de sua mãe e duas irmãs precocemente, mas apesar de tudo se apaixonaram pelos livros e o conhecimento que os continham. Dentre muitas histórias escritas por Emily Brönte “O Morro dos Ventos Uivantes” foi pouco aceito pelos leitores de 1847, pois fugia dos padrões da época. Uma história na qual uma criada conta a relação de duas famílias vizinhas moradoras do Morro dos Ventos Uivantes e da Granja Thrushcross (onde estão: a criada e o novo morador).
Inicialmente focada na família do Morro onde viviam um casal e duas crianças; no momento em que patrão sai a viajem e inesperadamente volta com um menino aparentemente cigano que encontrara abandonado em seu caminho e não tivera coragem para deixá-lo só e posteriormente será chamado de Heathcilff. Mesmo não sendo facilmente aceito pela família o jovem se adapta ao local e logo faz amizade com a filha do patrão, Catherine Earnshaw. Amizade essa, que levará ao amor e a insanidade de seus amantes, devido a dificuldades e diversas escolhas.
Posteriormente sabemos da Granja Thrushcross e da família Linton, composta também por um casal e duas crianças que diferente dos primeiros são criados da forma mais caprichosa e socialmente aceitável possível. Ao desenrolar da história o inesperado acontece da forma mais complexa possível e muitos corações são, não apenas partidos, mas mutilados da forma mais inesperada possível.

Obrigada ;)