quarta-feira, 19 de junho de 2013

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (Mai/2013 - Livros citados em filmes)

É um romance escrito por Jane Austen, publicado em 1813. O primeiro título da obra era “First Impressions”(nunca foi publicado com este nome), a autora ao fazer a revisão mudou para o nome atual. Foram feitas várias adaptações para televisão e cinema,eu gostei muito da última(2006) estrelado por Keira Knightley como Elizabeth Bennet. A autora se referia a obra como “seu filho querido”, é o segundo romance preferido dos Britânicos depois do “Senhor dos Anéis”.

A história se ambienta no século XIX na Inglaterra, onde se faz uma crítica social ao comportamento da sociedade aristocrática e o status da mulher da época. Tinha visto o filme primeiro e achei que pudesse ser muito cansativo a leitura, no qual eu me surpreendi e amei o livro. Devo destacar o personagem Mr. Bennet mesmo com a sua irritante indolência, eu me diverti com suas tiradas irônicas.


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Citado no filme "Mensagem para você".


Resenha escrita por Adriana V. F. da Silva

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A hora da estrela, de Clarice Lispector (Jun/2013 - Romances Psicológicos)

Tema: Romances Psicológicos
Livro: A Hora da Estrela
Autora: Clarice Lispector

Resenha escrita por Lucelia Maia
    Você já sentiu dor de dente? Quem nunca sentiu? É dessa forma que esse romance da Clarice nos deixa, com uma dor incomoda igual dor de dente. A dor dente passa quando você vai ao dentista e a dor angustiante da "A Hora da Estrela" só ameniza quando você acaba de ler o livro e vai ser outro mais leve, se é que você vai conseguir ler outra coisa.
    Quando se refere A Hora da Estrela sempre é mencionada a história de uma nordestina nascida em Alagoas chamada Macabéia, me pareceu simples. No entanto, a forma que narrada é eloquente, o narrador parece um escritor angustiado dento que colocar as historia dessa moça de toda forma no papel.
    A Ação desta historia terá como resultado minha transfiguração em outrem e minha materialização enfim em objeto. Sim, talvez alcance a flauta doce em que eu me enovelareis em macio cipó. (pg. 20).
    Clarice Lispector consegui transmitir a aflição do narrador-personagem e escritor da história. É uma espécie making of  da construção de uma obra literária, acredito que para a própria Clarice era assim que funcionava, o enredo está lá, os personagens também porém, escrever não é nada fácil.  
    Não, não é fácil escrever. É duro como quebra rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados. (pg 19)
    Depois de muito refletir sobre a escrita a vida aos poucos ele vai dando forma a nossa personagem Macabéia, a nordestina de Alagoas, órfã, magricela e feia. Tem com profissão datilografa e que exerce de forma penosa. Divide um pequeno apartamento com três colegas. Macabéia simplesmente vive, sem expectativa, sem razão de ser, o único prazer é ouvir rádio nos dias de folga.
    Quero antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa (...)(pg. 15).
    A pessoa de quem vou falar é tão tola que ás vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe responde ao sorriso porque nem ao menos a olham (pg. 16)   
    Até que dia ela conhece Olímpio de Jesus que passa ser seu namorado. Se é podemos definir aquilo de namoro, Olímpio é também nordestino da Paraíba, metalúrgico e ignorante tanto quando Macabéia, os diálogos entre eles chega ser hilário.
    Esse romance não vai para frente, logo José Olimpio termina com ela, de uma forma tão grosseira. Ele comprara Macabéia a um fio de cabelo na sopa ninguém quer comer. E para pior as coisas ele começa a namorar com Gloria amiga de trabalho de Macabéia. Quer dizer pior seria se Macabéia fosse uma pessoa normal (vamos disser assim), ela simplesmente não liga rir da situação e pede desculpa por ser assim.
    Clarice Lispector se utiliza do recurso de epifania, onde ocorre no romance quando Macabéia vai a cartomante indicada pela amiga Gloria. Lá ela se senti de certa forma amada e querida pois, a cartomante te chama de "queridinha", começa a conta a sua vida difícil de ex prostituta. O estase maior é quando a cartomante faz as previsões maravilhosas para Macabéia, nesta hora a protagonista de sente gente viva capaz de ser feliz. É a hora da estrela!
    Assim, quer evitar a dor de dente ou ressaca literária não leia Clarice Lispector e se prive de uma das mais fantásticas viagem a alma humana.  

sábado, 1 de junho de 2013

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (Maio/2013 - Tema Livros Citados em Filmes)

Livro: Orgulho e Preconceito – Jane Austen
Filme: Mensagem para Você
    Esse mês o tema era livros citados em filmes, sendo assim, para minha imensa alegria escolhi a escritora Jane Austen, uma escritora que fazia muito tempo que gostaria de ler. E porque não começa pelo o livro mais popular da autora Orgulho e Preconceito, que neste ano completou 200 anos que foi escrito.
    Muita gente considera Jane Austen como escritora de “mulherzinha”, ou seja, autora de romances românticos, histórias para donas de casa, sem muita profundidade, já foram comparados a romances de banca de jornal. Nada contra de quem gosta desse tipo de romance que vende em banca de jornal, as pessoas tem que ler o que elas querem. No entanto, Jane é muito mais que um simples romance romântico.
    Em seus romances ela relata principalmente o comportamento da sociedade da época, com muita sátira, bom humor e porque não romance, porque a vida não é só preto no branco ou só trabalho, ninguém passa pela vida sem ter vivido um romance conturbado, uma paixão sem limites ou um flerte proibido.
    Em Orgulho e Preconceito Jane, além de relatar com muita propriedade os costumes da época também eleva um ponto muito importante, que por incrível que pareça mesmo depois de 200 anos ainda está presente da sociedade atual que é a preocupação que temos e damos ao dinheiro. Dinheiro esse que gera tanto orgulho e preconceito.
    Neste romance os personagens são muito cativantes, ate aqueles insuportáveis como, por exemplo: a mãe da protagonista a Sra. Bennet sempre muito preocupa em casar as filhas com rapazes importantes e ricos, se você parar para analisar você conhece muitas Sra. Bennet. Outro personagem que me lembrou de muito as “Marias Chuteiras”, “Marias Tatames” é a personagem Lygia Bennet a quarta irmã da protagonista, ela é uma “piriquete” de primeira categoria.
    A protagonista Elisabeth Bennet, ou Lizzy como é chamada por todos, é uma heroína como a maioria das heroínas: é a frente do seu tempo, esperta, inteligente e muito cativante. Seu par não fica atrás o Sr. Darcy é um homem rico, charmoso, orgulhoso, mas se rende aos seus encantos de Lizzy.
    Não poderia ter feito a melhor escolha para esse mês, não queria que o livro acabasse amei todos os capítulos, rir muito como o Sr. Bennet e sua ironia, tive vontade de dá uns tapas em Lygia e com certeza dá umas respostas bem mal educadas para Lady Catherine. Recomendo Jane Austen para todos e vou ler os outros romances.

Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne (Maio/2013 - Livros citados em filmes)

Vinte Mil Léguas Submarinas – Júlio Verne (citado em “De Volta para o Futuro 3”)
Júlio Verne é, eu diria, o pai da ficção científica. Ele amava inventar essas histórias mirabolantes (para a época, porque hoje seriam até plausíveis), rechear de fatos científicos e dar a tudo uma feição de verdade. Vinte Mil Léguas Submarinas não foge ao padrão.

O livro começa com uma preocupação crescente entre a comunidade científica com um grande "cetáceo" veloz e forte que anda prejudicando os navios pelo mundo. Numa expedição atrás do tal cetáceo, o naturalista francês Aronnax, seu ajudante flamengo Conselho e um arpoador canadense Ned Land acabam sendo lançados no mar e pegos pelo cetáceo, que acaba não sendo cetáceo nenhum, e sim um forte e altamente tecnológico submarino, chamado Náutilo e governado pelo Capitão Nemo. 

As aventuras giram a partir daí, já que os três são uns "prisioneiros bem tratados" do Náutilo, já que não têm a perspectiva de voltar a suas vidas anteriores, mas junto com o Capitão Nemo vivem enormes aventuras submarinas, como caçadas em florestas marítimas, pérolas de milhões de francos, a descoberta do pólo sul, entre muitas outras.

O descontentamento com a falta de liberdade vai crescendo no decorrer dos meses à medida que eles percebem que talvez o Capitão Nemo não seja só um homem solitário, amante do mar. Será que algum plano de vingança está envolvido na confecção e uso do Náutilo? O que, afinal, tem o Capitão Nemo em mente?

A Dama do Cachorrinho e Outros Contos, de A. P. Tchekhov (Maio/2013 - Livros Citados em Filmes)

A Dama do Cachorrinho e Outros Contos – A. P. Tchekhov (citado em “O Leitor”)
Devido a meu grande interesse em literatura russa, experimentei A Dama do Cachorrinho e Outros Contos, de A. P. Tchekhov com a finalidade de conhecer esse autor tão renomado por esse gênero literário. O livro foi um pouco cansativo de se ler, mas talvez isso se tenha dado por eu não estar muito acostumada a ler contos, e preferir os romances longos, onde há muitas páginas para eu me apegar aos personagens e aos enredos.

O que também causou estranheza foi a sensação de que alguns contos precisavam de uma ou duas páginas a mais para que eu os julgasse "finalizados". Por fim, descobri que essa "falta de final" é uma característica do estilo de Tchekhov. Não que isso seja necessariamente ruim, pois funcionou perfeitamente em diversos contos. Várias das histórias do livro realmente me tocaram.

Tchekhov, como muitos outros autores russos, tem certa melancolia ao escrever histórias. E, devo confessar, em alguns contos essa melancolia também ficou apegada a mim. Seria pretensioso da minha parte negar o gênio que muitos consideram que Tchekhov seja. Não o nego. Talvez simplesmente não tenha sido meu momento, e eu não estivesse realmente preparada para entendê-lo plenamente. Enquanto isso, vou ficando com Dostoiévski e Tolstói.