terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams (Fev/2013 - Livros que nos façam rir)

Livro: O guia do mochileiro das galáxias
Author: Douglas Adams
Resenha para o Desafio Literário 2013 – mes de fevereiro: livros que nos façam rir
Por Ana Bete Britto

Confesso que, tratando-se de literatura (e mesmo cinema) o gênero que menos me atraiu é ficção científica. Mas nada como o tempo pra gente crescer, amadurecer e encarar os desafios. Escolhi o Guia do Mochileiro das Galáxias para minha leitura de fevereiro, seguindo uma das sugestões dadas. Não entre em pânico!  É a primeira regra do Guia, por sinal muito adequada ao momento. E qual não foi minha surpresa, gostei do livro e me diverti com as idéias malucas de Douglas Adams,  e seu humor inglês.
 

Afinal, fica evidente toda a insignificância das confusões armadas por uns certos seres descendentes de macacos, vivendo num planetinha de nada, pertencente a um sistema regido por outro astro muito maior e mais importante, localizado numa galáxia longínqua. Planetinha este, cuja maior parte da superfície é coberta por oceanos e está prestes a desaparecer por completo do mapa, logo no início do livro. Arthur Dent, o personagem principal, um quarentão pacato e desligado, pressentiu que aquele seria um dia difícil, afinal as quintas feiras sempre foram os piores dias da semana e aquela em particular já começara esquisita, com uma ameaça concreta de demolição de sua casa. Isso sem falar da chegada inesperada de seu grande amigo Ford Prefect, com um discurso estranho, que acaba por convencer Arthur a acompanhá-lo até o bar mais próximo. Porque afinal as revelações que Ford iria fazer exigiam um relaxamento de corpo e de mente só possível após a ingestão de algumas doses de whiskey, por serem fortes e urgentes: Ford, aquele sujeito tido como maluco por muitos da cidade, na verdade era um alienígina que chegara na Terra como enviado da editora do Guia do Mochileiro das Galáxias para atualização do verbete Terra, mas que por razões completamente alheias à sua vontade, aqui ficara retido por longos quinze anos. E não só isso, o planeta Terra, em questão de minutos, estava prestes a ser completamente implodido. O que de fato aconteceu. Ford e Arthur se safaram por um total acaso do destino, ao conseguirem pegar carona num disco voador que passou por aqui naquele exato momento. Porque os seres dos outros planetas são assim, gostam de viajar pelas galáxias e as vezes gostam de zoar com os mais bobinhos, como quando alguns deles escolhiam algum lugar pouco habitado da Terra para aparecer para uns pouco terráqueos, usando umas ateninhas ridículas e fazendo sons infantis como bip, bip,bip.

As aventuras destes dois no disco voador, por planetas distantes, a milhões de anos luz, ao encontro de outros seres e robôs, nos surpreende com a permanência de algumas velhas questões fundamentais (quem sou, de onde vim, para onde vou), suas respostas e com uma nova hierarquia no mundo animal (afinal, ficamos sabendo que o homem era apenas o terceiro ser mais inteligente da Terra) e até nos objetos pessoais (a toalha, quem diria, é o bem mais precioso e indispensável numa viagem).

Este é o primeiro de uma “trilogia” de cinco livros da epopéia destas viagens e fiquei curiosa sobre os outros quatro.

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