sábado, 18 de agosto de 2012

Eric– Discworld, de Terry Pratchett (Agosto/2012 - Terror)

Resenha escrita por Juliana M. F. Rodrigues 
 
Comecei a ler esse livro só por causa do Desafio e da praticidade, era o único livro de título com nome próprio que eu tenho em casa.
Já tinha tentando ler um dos livros da série Discworld (não lembro qual), mas não consegui avançar muito, tinha achado a introdução meio chata, mas o meu marido gosta da série, e acabei comprando o Eric e o Pirâmides pra ele no início do ano.
Comecei o livro sem grandes pretensões, mas a cada página fui me envolvendo com a história leve e me diverti um bocado.
Vários elementos do livro são clichês, mas foram usados de uma forma tão despretensiosa, às vezes sarcástica, às vezes cômica, que ao invés de pesar contra na verdade ajuda a dar o tom gostoso do livro.
Soltei boas gargalhadas com as tiradas de Morte, e alguns diálogos entre Rincewind e Eric. O diálogo abaixo ficou gravado na minha mente.
“ - Então estamos cercados de absolutamente nada - disse Rincewind. - Um nada total. - Ele hesitou. - Existe uma palavra para isso. É o que você tem quando não sobrou mais nada e tudo foi consumido.
- É. Acho que é a conta.”
O gancho da história é simples, um pré-adolescente feio e com espinhas quer realizar três desejos: poder, mulher bonita e vida eterna. E, para isso ele decide convocar um demônio, utilizando-se de um livro do avô. Só que por coincidência, ou não, que é invocado é o mago Rincewind, que estava banido do mundo. Então tentando convencer o menino de que ele não é um demônio ele acaba levando o Eric ao encontro dos seus desejos.
Só que os desejos realizados não são tão bonitos e saudáveis quanto nos sonhos.
Por outro lado, quando o rei dos demônios descobre que o Eric finalmente conseguiu convocar algo e que quem apareceu não foi o demônio que ele especificou, ele começa a vigiar e até a caçar a dupla através do tempo-espaço, indo finalmente encontra-los no próprio inferno.
O inferno descrito como uma máquina burocrática e entediante é um dos pontos altos do livro.
Bom entretenimento!

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